Incredible India (Parte 11) - Fé e benção

A religião com maior número de seguidores na India é o hinduísmo, totalizando 82% da população. Depois vêm as outras religiões: mulçumanos (12%), cristianos (2,3%), sikhs (1,9%), budistas (0,76%) e jainistas (0,4%).

De uma maneira geral a população da India é muito mística. Por exemplo, quando um hinduísta vai visitar um templo budista, eles também acendem incensos e fazem reverência à estátua do Buda. Da mesma forma, se entram em uma igreja católica, ajuelham-se diante da imagem de Cristo. Isso demonstra considerável tolerância e aceitação religiosa dos hinduístas. Mas os hinduístas parecem ser muito supersticiosos também.
Na religião hinduísta a vaca é sagrada (o deus Vishnu em uma de suas encarnações veio na forma de uma vaca, Nandi). Assim, as vacas andam livres e soltas pelas ruas das cidades e é muito comum ver as pessoas tomando benção delas. Por exemplo, em Varanasi, nas margens do Rio Ganges, presenciamos um ritual um tanto estranho e engraçado, onde um homem abençoava uma família com o rabo da vaca e os abençoados davam voltinhas e colocavam a mão no ânus da vaca.
As formas de benção não param por aí. São dadas também por pessoas mais idosas, por pessoas com respeito perante a sociedade, nos templos pelos elefantes, pelos gurus, etc. As oferendas na religião hinduísta são também muito comuns. O Puja (que significa literalmente ‘respeito’) é a prática de oferecer incensos, velas, flores, etc.
Em Bodhgaya presenciamos uma cena curiosa. Um homem ocidental, provavelmente europeu, estava sentado embaixo da Bodh Tree (a árvore onde Buda teve a iluminação), vestido com roupas budistas e meditando. Passou por ele um grupo de indianos, que fez reverências para ele, se ajuelhando. Será que somente porque alguém está com aparência de “monge” merece reverências? Na India parece que sim. Parece exagerado: Um misticismo cego. Mas por outro lado também, em uma cena como esta, é bonito ver a humildade das pessoas. Aliás, talvez o exercício de humildade, de aceitação e de simplesmente fazer uma reverência seja mais importante do que saber se a pessoa reverênciada realmente é um “monge iluminado” ou não.

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